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sábado, 1 de janeiro de 2011

Versão Android para PC

Introdução

Embora o Android seja quase sempre associado com processadores ARM, ele possui também um port x86, que é uma medida estratégica do Google para o caso de a Intel conseguir eventualmente conseguir embarcar com força no ramo de tablets e smartphones com as versões de baixo consumo do Atom.
De fato, embora o uso da máquina virtual Java penalize a plataforma em relação ao desempenho e eficiência energética, ela é uma poderosa aliada em relação à portabilidade, já que permite que a grande maioria dos aplicativos rodem diretamente em chips x86 e outras plataformas para as quais o Android for eventualmente portado, sem precisarem sequer serem recompilados. Em outras palavras, uma vez que alguém faz o trabalho pesado de portar o sistema para alguma nova plataforma (incluindo o desenvolvimento de drivers e tudo mais), os usuários têm automaticamente acesso à biblioteca de aplicativos do sistema, sem que cada um deles precise ser recompilado.
A boa notícia é que já existe uma versão funcional do Android para micros PC, que roda com desenvoltura em qualquer coisa a partir de um Atom com 512 de RAM, o Android-X86, disponível no http://www.android-x86.org/. Ele possui suporte completo à maioria dos netbooks (incluindo o Wi-Fi) e pode ser usado também com variados níveis de sucesso em outras configurações. Ele vem otimizado para uso em conjunto com o teclado e mouse, dispensando o uso de touchscreen:
Soa bem estranho usar o Android com o mouse, tendo que arrastar o botão para dar o slide to unlock e tudo mais, mas no geral o sistema é bastante utilizável, permitindo navegar na web e rodar aplicativos. Quem é das antigas, vai gostar da possibilidade de fazer tudo através do teclado (a tecla Escequivale ao botão de voltar, a tecla menu abre o campo de pesquisa, a F1 corresponde à tecla Menu, enquanto a tecla Home faz voltar à tela inicial (ou acessar a lista de aplicativos abertos caso pressionada por mais de um segundo). O direcional tem a mesma função do trackball encontrado em alguns modelos, permitindo navegar entre as opções e o Enter permite selecionar). Sempre que o tempo limite da tela (ajustado no menu de configuração) é atingido, o notebook entrará em modo de espera; para acordá-lo é necessário pressionar a tecla Esc por dois segundos.
Este port x86 não recebe tanta atenção dos desenvolvedores quanto a versão para processadores ARM, por isso o desempenho fica longe de ser espetacular. Mesmo assim, ele é uma boa opção para quem tem curiosidade em testar o Android, já que é muito mais fácil de instalar (ele também roda sobre o VMware) e tem um desempenho bem superior ao do emulador incluído no SDK.
Graças ao uso com interpretador Dalvik, o Android-x86 é diretamente compatível com a maioria dos aplicativos para a plataforma. O principal obstáculo é que o sistema não é capaz de acessar o Android Market (apenas fabricantes licenciados podem incluir as chaves de autenticação necessárias) o que o obriga a conseguir os arquivos .apk de outra forma (encontrando links de download, ou copiando-os de um telefone com o Android, usando o "appInstaller" ou outro que permita fazer backup dos aplicativos instalados), assim como nos tablets chineses. Ele inclui também o cliente da AndAppStore, que dá acesso a algumas centenas de aplicativos:
Ele pode ser usado tanto a partir de um Live-CD quando a partir de um pendrive, com as opções de rodar em modo Live, sem instalação, ou de fazer uma instalação no HD, mantendo-o em dual-boot com outro sistema.
O primeiro passo é baixar a imagem mais recente no http://www.android-x86.org/releases ou baixar diretamente o Night-Build com a versão de testes mais recente no http://android-x86.moonman.dk/
Em ambos os casos, você poderá escolher entre a versão ISO (generic_x86-20101223.iso) ou a versão para pendrives (generic_x86-20101223_usb.img). Para gerar o pendrive no Linux, você pode usar o dd, especificando o device do pendrive de destino (cuidado para não apagar seu HD por engano!) como em:
# dd if=generic_x86-20101223_usb.img of=/dev/sdf
Ao dar boot, você tem a tela de seleção do grub com as opções de rodar em modo live, ou de instalar no HD:
A primeira opção inicia o sistema em modo HDPI (telas de alta densidade) enquanto a segunda inicia em modo MDPI (média densidade). Ao contrário do que os nomes sugerem, o modo MDPI faz com que ele use elementos de tela menores, resultando em mais espaço útil.
O "VESA mode" por sua vez usa um driver de vídeo VESA, que é mais lento, mas soluciona problemas de compatibilidade com muitos notebooks. Use-o caso o sistema não consiga subir o vídeo.
Em relação ao particionamento, você precisa apenas de uma partição Linux para a instalação do sistema e, opcionalmente, uma segunda partição Linux que é usada pelo sistema como um cartão SD virtual. Diferente de uma instalação normal do Linux, não é necessário criar uma partição swap, pois o instalador não é configurado para usar swap:
No final da instalação, ele pergunta se você deseja instalar o grub. Tome cuidado ao usar essa opção em um PC de trabalho, pois diferente das distribuições Linux atuais ele não é capaz de detectar automaticamente outros sistemas operacionais instalados no HD, obrigando-o a editar manualmente o arquivo /grub/menu.lst e incluir as entradas manualmente.
A única exceção fica por conta de instalações do Windows, que são detectadas pelas versões recentes, baseadas no Froyo.
De uma forma geral, o desempenho do sistema instalado não é muito diferente do de rodá-lo a partir do pendrive, por isso você deve considerar instalá-lo apenas caso realmente goste do sistema e pretenda usá-lo regularmente.
Outra opção é instalá-lo dentro do VMware, que é perfeitamente compatível com ele. A única observação é que você deve configurar o disco rígido virtual em modo IDE (e não SCSI, que é o default) ao criar a VM, pois o Android ainda não é compatível com a controladora SCSI virtual usada pelo VMware. Ele é também compatível com o Virtual Box, mas no caso dele é necessário iniciar o sistema em modo VESA.